segunda-feira, 31 de março de 2014

A Arte Japonesa do UKIYO-E - Parte 2/2

A Arte Japonesa do UKIYO-E - Parte 1/2

Shunga exhibition at the British Museum - curator's introduction

Documentário História da Arte

ANA MAE BARBOSA sobre cultura visual

Trechos selecionados - Ana Mae Barbosa

Encontros Poéticos com Ferréz

todas as áreas
 
 

 
A segunda edição de 2014 do Encontros Poéticos, programa veiculado na web-rádio do Itaú Cultural e apresentado pelo poeta Sérgio Vaz, ocorre no dia 8 de abril, às 20h, ao vivo, com o escritor Ferréz.
Ferréz lançou seu primeiro livro de poesias em 1997 e passou a publicar prosas de ficção em 2000. Destacou-se com a antologia Literatura Marginal: Talentos da Escrita Periférica (2005). Também é fundador do grupo 1DaSul e participa dos programas Manos e Minas, da TV Cultura, e Programa Piloto, exibido pela TV Carta, da revista Carta Capital.
Encontros Poéticos tem uma hora de duração e é aberto ao público do auditório do instituto. O programa procura valorizar a palavra e a poesia em conversas com poetas, escritores, músicos, atores, jornalistas e artistas. O apresentador Sérgio Vaz é autor dos livros Colecionador de Pedras e Antropofagia Periférica.
Para saber mais, confira a matéria aqui.

Encontros Poéticos com Ferrézterça 8 de abril de 2014às 20hSala Itaú Cultural – 249 lugares 
[transmissão ao vivo, em áudio, pelo itaucultural.org.br]
Entrada franca – ingressos distribuídos com meia hora de antecedência
[classificação indicativa: 12 anos]

Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 Paraíso São Paulo SP [próximo à estação Brigadeiro do metrô]


 

 


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sábado, 29 de março de 2014

COMO ANALISAR UMA OBRA DE ARTE

oabcdaarte.blogspot.com.br

Iconografia: analisar uma obra de Arte objetivamente, descrevendo, apenas o que vemos, sem opiniões
pessoais
· Iconologia:analisar uma obra como um documento histórico (objeto que se inscreve num contexto de
uma época)
· Opinião pessoal baseada nos estudos anteriores: exprimir um comentário pessoal sobre uma obra de
arte, leitura subjetiva embasada nos estudos anteriores.
Uma obra de arte, qualquer que seja a sua forma, é simultaneamente:


um testemunho do sentido do belo do seu criador(do que é
belo em cada época)
um documento histórico
um diálogo, afetivo ou intelectual, entre a obra de arte e o
seu espectador, no caso das artes plásticas
Ao estudar uma obra de arte, pretende-se geralmente entender e pesquisar os seguintes objetivos:
apreender as técnicas utilizadas pelo autor para transmitir a sua mensagem mostrar como a obra de arte é a expressão de um dado contexto histórico 

Sensibilizar para a fruição dos valores estéticos

Como analisar uma pintura
Pesquise dados técnicos que diferem de época para época, ou de autor para autor, exemplo
1. Observar atentamente as informações dadas na legenda da obra : autor ; título ; data da execução;
suporte(exemplo pintura a óleo sobre tela, encáustica sobre madeira, afresco(sobre parede) ; dimensões;
lugar de conservação, museu ou local)
2. Obter dados sobre o autor : data e lugar de nascimento e morte ; origem social ; anos e lugares de
formação; idade quando realizou a obra; outras obras suas, dados escritos do próprio auto sobre o que
acreditava e pretendia –se houverem - com a obra.
3. Reconhecer o tipo de assunto representado: cena religiosa; histórica; mitológica; alegoria; retrato ;
paisagem,natureza-morta ...
4. Analisar o assunto propriamente dito: descrever o que está representado; lugares; enquadramento da
cena; personagens; ação das personagens ; objetos..
Deve-se perceber porque é que o autor pintou um quadro com aquelas dimensões e não outras, proceder à
análise da cena, do enquadramento desta, dos móveis, dos objetos representados, da paisagem, da
posição das personagens, identificando-as, como estão vestidas, em que atitude se encontram , etc.

Análise plástica /A técnica pictural
A composição __ quais são as linhas que organizam o quadro? Isto é, a organização das figuras segundo
esquemas geométricos ou não, com eixos bem marcados ou não, segundo leis de perspectiva ou sem elas
(como é criado o sentido de profundidade)(exemplo simetria ou não, que tipo de simetria formam ou não
alguma forma geométrica)
O desenho __ qual é a função da linha, a sua espessura e forma? Tem um papel fundamental ou acessório?
As cores __ Quais são as cores dominantes?, cores quentes ou frias?, fundamentais ou complementares?
A luz __ De onde vem a luz? Está repartida uniformemente? Qual é o seu efeito?
A técnica de pintura __ mancha larga, pontilhada, linear(apenas desenho de linha), sfumato, modelado
A matéria __ afresco,óleo, têmpera, acrílica,colagem de algo etc
Deverá analisar se o olhar do espectador é atraído para algum ponto em especial e porquê ; o que se
pretende traduzir com determinadas cores ; se o emprego de determinada técnica marca decididamente o
estilo do autor; se o emprego de determinadas matérias representa um avanço em relação a outros,
inserção ou não nas técnicas comuns, etc

Análise histórica
Porquê este tema ? Porquê esta técnica ? Porquê este estilo? Que efeito pretendeu produzir no público?
Insere-se numa corrente artística ou rompe com as correntes dominantes?
A resposta a estas questões levará à descoberta de problemas relacionados com: tipos de encomendas ,
ideias perfilhadas pelo autor, mentalidade dominante ; tipo de materiais colocados à sua disposição,
influências de outros artistas, etc
Fazer um comentário pessoal sobre a obra de arte
Comentar do ponto de vista pessoal uma obra de arte, é exprimir a sua adesão ou não, à obra, quer do
ponto de vista intelectual, quer do ponto de vista afetivo, justificando a sua posição



Conclusão
Com as informações fornecidas pela análise do quadro poderá concluir do valor histórico do documento
que analisou, isto é, de que modo é que ele serve ou não de testemunho da sua época, fornecendo elementos de índole econômica, social, política, religiosa e artística.

O que são as cores e suas belezas




















A importância da leitura









quinta-feira, 13 de março de 2014

OS AVANÇOS DE UM ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


Aos 7 anos, este garoto atento ao exercício nem sequer pronunciava o próprio nome: Henrique. Sua família pouco sabia como ajudá-lo. Na escola, ele pôde conhecer a si mesmo, o manejo das coisas, as outras crianças... Estudar foi a primeira porta aberta para o desenvolvimento, que ele encontrou num ensino que respeita o tempo de cada um

"Antes, jogos, letras e cores não queriam dizer nada para mim...mas agora, que estou na escola, fazem parte da minha vida" Henrique Michel da Silva, 10 anos.Foto: Gustavo Lourenção












"Hoje a escola é a sua casa", conta Regina Graner, professora da 4ª série da EMEF Professor Taufic Dumit, em Piracicaba, a 160 quilômetros de São Paulo."Ele conversa, participa das aulas e troca idéias com os colegas."Para Henrique Michel da Silva, é uma grande conquista. Aos 10 anos, está aprendendo a comandar a própria vida, que antes era dominada pela deficiência mental.Além de ter dificuldade para falar e se fazer entender, ele não conseguia comer nem se vestir sozinho. Sua mãe achava isso um impedimento insuperável."Ele sempre foi mais lento para aprender as coisas", justificava a dona-de-casa Elisângela de Fátima Oliveira da Silva quando era indagada pela professora do filho.
Elisângela não imaginava do que Henrique seria capaz se fosse incentivado de maneira adequada. Foi com a ajuda da professora Marta Giuste da Silva, na 1a série, que ele conseguiu dizer seu nome claramente pela primeira vez. "Comecei um trabalho com ele desde a pronúncia", diz a educadora. Daí em diante, o processo deslanchou. O menino revelou-se um dedicado aprendiz na sala de aula, daqueles que não se calam cada vez que têm uma dúvida. Ao mesmo tempo, a professora conversou muito com a mãe de Henrique e conscientizou-a de que a escola regular tinha a obrigação de receber seu filho.
Na sala de apoio, o garoto contou com uma professora para ajudá-lo a se desenvolver no que tinha mais dificuldade. Com o tempo, passou a ler histórias por meio de imagens e a contá-las aos amigos. "Ele já monta pequenas frases, desenha e organiza livrinhos", diz a educadora especializada Maria Aparecida Vale longo Cunico. 
Há pouco tempo, o destino provável de Henrique seria uma classe só com crianças com o mesmo quadro de retardo mental.Hoje, seu direito de estudar na escola regular vem sendo respeitado, ainda que falte à maioria das pessoas entender o que é deficiência mental."É um atraso na adaptação ao aprendizado, ao convívio social e às funções motoras", explica o psiquiatra José Belisário Cunha, da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil (Abenepi), em Belo Horizonte.
Quem tem deficiência é capaz de muita coisa: ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente. "A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz", afirma Belisário. Ou seja, ela precisa de novos desafios para aprender a viver cada vez com mais autonomia. E não há lugar melhor do que a escola para isso. Qual o papel do professor nessa história? Em primeiro lugar,bancar o desconfiado. O diagnóstico de deficiência mental não determina o potencial da criança. "Pode ser que o aluno não apresente na escola os problemas que tem em casa. Isso resulta, muitas vezes, da falta de acompanhamento da própria família", diz Belisário. Por exemplo, como uma criança consegue desenvolver a fala se a família não conversa com ela?
Nas aulas de leitura, a professora aproveitava a empolgação de Henrique para ajudá-lo a se desinibir na frente dos amigos."Ele foi se soltando até conseguir divertir a turma toda com uma história", diz ela. O garoto dava um toque de emoção às tramas, como quando encenava o sopro do lobo na casa dos três porquinhos. "A classe toda aplaudia", lembra Marta.Henrique nunca faltou a uma só aula.

Independente desde cedo


Igor tem espaço para desenvolver suas melhores habilidades na escola: ao mesmo tempo que treina oralidade por meio da leitura e da contação de histórias, mostra-se fera na associação de imagens exigida em jogos de memória. Foto: Gustavo Lourenção





É muito comum a família de uma criança com deficiência querer fazer tudo por ela. "É difícil se conter diante das dificuldades", diz Belisário. "Mas na escola, no meio da garotada, qualquer um aprende a se virar sozinho." Para o psiquiatra, as instituições e classes especiaisnão colheram grandes frutos justamente por terem assumido o papel de protetoras. Ir ao banheiro sozinho, fazer exercícios em grupo e brincar no recreio são estímulos que contribuem para o desenvolvimento intelectual do aluno.
O casal de agricultores gaúchos Marlene e Reni Wasen, da cidade de Sapiranga, na Grande Porto Alegre, soube de antemão que seu filho viria ao mundo com síndrome de Down,provocada por uma anomalia genética. Ígor Wasen, 9 anos, aprendeu muita coisa desde cedo.Começou a andar com 1 ano e 7 meses e parou de usar fraldas quando ainda era bebê.Na creche, tomava banho e vestia-se sozinho. Ele cresceu e continuou independente.
Nos bailes da cidade, aonde vai até hoje com a família, desgarra-se dos pais para dançar e comprar refrigerante. "Não se perde nem no meio de mil pessoas", diz a mãe. Quando não tem muita lição de casa, o guri se oferece para ajudar os pais a carregar lenha.
Mesmo com esses precedentes animadores, o garoto surpreendeu Marlene e Reni quando escreveu seu nome logo no início da 1a série da EMEF Pastor Frederico Schasse, em Morro Reuter, a 80 quilômetros da capital gaúcha. Ígor já escreve um pouco em português, mas, na hora de falar, o idioma alemão é praticamente lei na comunidade onde vive."Só falamos português quando tem visita", diz a mãe.
Em decorrência da síndrome de Down, o menino tem alguma dificuldade de se expressar. Ainda bebê, começou a ir à fonoaudióloga na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para tratar o distúrbio.Até hoje, visita uma especialista toda semana.
E, na sala de aula, dá-lhe ouvir histórias. Assim, a professora Dirce Sauzen o estimula a conversar sobre elas com os colegas.
Ígor ainda tem pouca destreza com as letras, mas se sai muito bem em jogo de memória e no quebra-cabeças. Quando percebeu a facilidade do garoto para associar pecinhas, a professora aproveitou para reunir materiais que tivessem desenhos, palavras e números. "Ele consegue resolver mais rápido os exercícios que exigem montagem e organização", conta Dirce.



Atleta, atriz e bailarina

Danielle adora dançar, fazer teatro e, no atletismo, já participou de várias corridas: "Sou o orgulho dos meus pais". Foto: Gustavo Lourenção

Ígor é prova de que a deficiência pode falar mais alto numa habilidade, mas pouco influi em outras."Se um aluno se dá mal em Matemática, pode ter afinidade em área que não depende do raciocínio lógico", afirma Belisário. A maranhense Danielle Batista Gonçalves, 17 anos, passou 12 deles na Apae por causa da síndrome de Down. Sua evolução foi mais lenta que a de Ígor.Começou a andar aos 7 anos e a falar aos 9. Aos 12, escreveu o nome pela primeira vez."Foi aí que me dei conta de que ela precisava estudar", diz a mãe,Maria Lucimar Batista Gonçalves. Hoje, na 8a série da Unidade Integrada Rubem Goulart, em São Luís, a adolescente posa orgulhosa para fotos ao lado dos troféus que conquistou em duas competições de maratona feitas nas ruas da cidade. A campeã nunca deixou de ir à Apae, onde faz cursos e apresentações de dança e teatro. "Gosto muito de atividade física. Só Matemática que acho difícil", diz Danielle.
O ingresso na escola regular não foi nada fácil.Até hoje a menina chora quando não consegue responder oralmente a uma pergunta."Ela se sai melhor com questões de múltipla escolha", diz o professor de Geografia Daniel Mendes Pereira, que sempre pensa numa maneira de a estudante participar dos exercícios sem medo.Nas aulas de Língua Portuguesa, a afinidade da jovem com a escrita rendeu até um prêmio no festival de poesia da escola.
Maria Lucimar sempre se dedicou à filha. Colocou-a na Apae aos 8 meses sem esperar que ela fosse aprender algo.Um dia, ela e o marido, pais adotivos da menina, leram no jornal que crianças com deficiência teriam o direito garantido de entrar na escola regular.Agora,Maria Lucimar desata a falar das qualidades da filha: "Ela conversa bem, participa dos trabalhos, é aplicada nos deveres, pesquisa nos livros e ganha prêmios". E se derrama em lágrimas quando vê Danielle dançar.

Atividades e estratégias
PROPORÇÃO 
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental. Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra de acordo com o espaço.

INTEGRAÇÃO 
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.


VARIEDADE 
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos, vídeos ou debates.

Quer saber mais sobre Deficiência Intelectual?

EMEF Pastor Frederico Schasse
, BR 116, km 216 (Secretaria de Educação), 93990-000, Morro Reuter, RS, tel.            (51) 3569-1455      

EMEF Professor Taufic Dumit, R. Macatuba, s/no, Piracicaba, SP, 13408-194, tel.             (19) 3425-6064       
Unidade Integrada Rubem Goulart, R. Seis, s/no, 65053-503, São Luís, MA, tel.             (98) 3225-9020      

BIBLIOGRAFIA 
Inclusão Escolar de Crianças com Síndrome de Down
, Maria Antonieta Voivodic, 176 págs., Ed. Vozes, tel.            (11) 6693-7944      

Práticas Pedagógicas na Educação Especial, Anna Maria Lunardi Padilha, 210 págs., Ed. Autores Associados, tel.            (19) 3289-5930     

EMEF Theo Dutra, Av. Guilherme de Almeida, s/nº , CEP: 02866-040 , São Paulo – SP – (11) 3851.8820

EDUCAÇÃO E CULTURA


12/03/2014 - 12h48

Câmara aprova cuidador nas escolas para alunos com deficiência

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, na quarta-feira (31), medida que obriga as escolas regulares a oferecer cuidador específico para alunos com deficiência, se for verificado que ele precisa de atendimento individualizado. A iniciativa está prevista no Projeto de Lei 8014/10, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).
A legislação brasileira incentiva a inclusão dos deficientes no ensino regular, deixando o ensino especial para aqueles com características específicas. Por isso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) prevê o serviço de apoio especializado aos alunos com deficiência matriculados nas escolas regulares. O projeto inclui explicitamente o cuidador como parte desse suporte, desde que necessário.
Para o relator da proposta, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), o cuidador é indispensável para alguns alunos com maior grau de dependência e vai melhorar o rendimento desses alunos. “A oferta desse tipo de apoio resultará na maior participação do educando nas atividades escolares, uma vez que o cuidador estará pronto a auxiliá-lo no desempenho das atividades da vida diária que não consegue realizar sem ajuda”, argumentou.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

segunda-feira, 3 de março de 2014

A cultura brasileira



O Brasil é o país com a população mais miscigenada do planeta. Com espaço para as mais diversas religiões, crenças, simbologias, culinária, costumes e diversas outras manifestações culturais, o país possui, dentre tantas riquezas, alguns de seus bens reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
A conseqüência dessa diversidade é um caldeirão onde tudo se mistura: música caipira, danças européias, ritos da capoeira, cantos indígenas, batida do maracatu, a malandragem do samba, o barulho das guitarras roqueiras, o artesanato indígena, quadros de artistas contemporâneos, pessankas ucranianas (ovos decorados), sandálias nordestinas e tantos outros produtos e traços do tão diversificado povo brasileiro.
Da mesma forma, obras arquitetônicas de estilos que vão do Barroco ao Pós-moderno se unem a um imenso número de obras literárias, teatrais e cinematográficas ampliando ainda mais as ricas manifestações da cultura nacional.

A formação cultural no Brasil

A cultura pode ser definida como um complexo dos padrões de comportamento, crenças, instituições, manifestações artísticas e intelectuais transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade. No caso do Brasil, a pluralidade é a característica principal da formação de sua cultura.
Durante os séculos de colonização, o território brasileiro foi palco de uma fusão entre as culturas indígenas, portuguesa e africana. Foi nesse período que se deu o início da formação da cultura brasileira que, mais tarde, também recebeu influências dos imigrantes europeus, árabes e asiáticos, e indiretamente de países como a França, a Inglaterra e os Estados Unidos, formando assim uma sociedade altamente miscigenada.



Família portuguesa

A influência portuguesa

Colonizadores do território brasileiro por 322 anos, de todos os povos que chegaram ao País os portugueses foram os que mais exerceram influência na formação da cultura brasileira. Durante todo período de colonização cidadãos portugueses foram transportados para as terras sul-americanas, influenciando não só a sociedade que viria a se formar, como também as culturas dos povos que já existiam.
A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por todos os habitantes do País. Mas outros legados como a religião católica, os folguedos populares, as figuras do folclore, os pratos típicos da culinária e a introdução de movimentos artísticos como o renascentismo e o neoclassicismo também se enraizaram no Brasil por influência dos colonizadores.

Influência dos imigrantes

Por um vasto período de tempo a população brasileira era, em sua maior parte, composta por negros e mestiços. Com o fim da mão de obra escrava, entre os séculos XIX e XX, a imigração européia foi incentivada tanto para o povoamento territorial de regiões ainda nativas, quanto para o trabalho em regime de colonato (semi-assalariados).
Encantados pela oferta de terras boas para o plantio, Italianos, alemães, japoneses, espanhóis, poloneses, ucranianos, franceses, holandeses, sírio-libaneses, coreanos e suíços se estabeleceram no Brasil. Essa forte expansão imigratória deixou rastros e heranças em todos os aspectos da cultura brasileira, da culinária à arquitetura. Atualmente, esse processo sofreu uma ruptura com a constante queda da chegada de imigrantes, tornando o Brasil um país muito mais emigratório.






A influência africana

A cultura africana é extremamente diversificada e suas características retratam tanto a história do povo quanto a de seu continente. Isso acontece porque os habitantes da África evoluíram em um ambiente cheio de contrastes e com várias dimensões. Culturalmente eles diferem muito entre si, falam um vasto número de línguas, praticam diferentes religiões, vivem em habitações diversificadas e se envolvem em inúmeras atividades econômicas.
No Brasil, a cultura africana chegou através do tráfico negreiro que trouxe para o País povos da África na condição de escravos. Da mesma forma que os indígenas, os africanos tiveram sua cultura repreendida pelos colonizadores. Mesmo assim foram eles que ajudaram a dar origem às religiões afro-brasileiras, e trouxeram muitos de seus costumes para a dança, música, culinária e idioma.



A influência indígena

Primeiros habitantes do território brasileiro, os índios se dividem em diversos povos de hábitos, costumes e línguas diferentes. Cada tribo possui sua cultura, religião, crenças e conhecimentos específicos. A diversidade cultural presente entre as culturas indígenas brasileiras é proporcional à existente hoje em todo o Brasil.
Apesar de a colonização européia ter praticamente destruído a população indígena física e culturalmente, a cultura e os conhecimentos desse povo acabaram por influenciar parcialmente a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos, como as redes de descanso, no Brasil. No período colonial, o principal destaque foi à influência indígena na chamada língua geral, uma língua derivada do Tupi-Guarani que serviu de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII. Atualmente pode-se ver a herança indígena no folclore das regiões do interior do Brasil, com os seres fantásticos como o curupira, e na culinária com a mandioca, a erva-mate os pratos típicos como o pirão.


Maracatu, Recife - Pernambuco



As principais festas do Brasil

País reconhecido internacionalmente por seu povo alegre e suas festas animadas, o Brasil possui algumas celebrações já tradicionais, relacionadas diretamente à religiosidade e ao folclore popular. Durante esses festejos, todos se reúnem esquecendo suas diferenças sociais, físicas ou ideológicas por alguns momentos.
No Brasil, as comemorações ligadas à religião se destacam nacionalmente, entre elas as mais celebradas são as festas juninas em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro, com músicas, danças, pratos e trajes típicos, realizadas no mês de junho. Há ainda, próximo ao Natal, a Folia dos Reis que retrata a viagem dos Três Reis Magos à Belém, devido ao nascimento de Jesus, e a Festa do Divino (sete semanas após a Páscoa) que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos com muita dança, música, comida e quermesses, e as Cavalhadas que apresentam a disputa entre mouros e cristãos, onde os vencedores (cristãos) assistem à conversão dos mouros através do batizado.


Carnaval


Em popularidade, o Carnaval (considerado uma festa profana) é um dos mais lembrados e o que mais atrai turistas durante sua realização no mês de fevereiro. De origem européia, a festa recebeu no Brasil a influência da música africana e é comemorada atualmente em salões de festas com grandes bailes à fantasia, nas ruas com blocos e trios elétricos e nos sambódromos como os do Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam grandes desfilem de escolas de samba. Em seguida, há também o Réveillon no Brasil, comemorado no litoral com ceias e costumes repletos de superstições e shows com fogos de artifício.


Bumba-meu-boi, Maranhão 


No folclore brasileiro, uma das manifestações mais representativas está na festa do Boi Bumbá ou Bumba-meu-boi, realizada no Maranhão e no município de Parintins (AM). Essa festa reapresenta a lenda do casal de negros em que, devido a um desejo da esposa grávida, o marido mata o boi preferido de seu patrão e esse, revoltado, manda prendê-lo. Porém, o homem consegue fugir e com a ajuda de um pajé ressuscita o boi morto e dá início a uma grande comemoração. Em Parintins essa lenda deu início as apresentações no “Bumbódromo” entre os bois rivais Caprichoso e Garantido, que disputam todos os anos, durante o último fim de semana de junho, a vitória no Festival Folclórico de Parintins, assistidos por um público de até 35.000 participantes.

Boi Caprichoso e Garantido, Parintins - AM

O que é Carnaval?






Carnaval são os três dias de folia que precedem a quarta feira de cinzas. É uma palavra que tem origem no latim "carna vale" que significa dizer adeus à carne.
O carnaval chegou ao Brasil através das festas que ocorriam na Europa, principalmente na Itália e na França, no século XVII. As fantasias de pierrô e de colombina foram logo incorporadas ao carnaval brasileiro.
No início as festas de carnaval aconteciam nas ruas, com desfiles de fantasias depois, passaram a ser realizadas nos clubes, onde eram tocadas as marchas, os sambas e os frevos preparados para os festejos.
Hoje algumas cidades se destacam nas festas de carnaval. No Rio de Janeiro são os desfiles das escolas de samba, em Salvador são os trios elétricos que tomam conta das ruas da cidade, no Recife o bloco "O Galo da Madrugada" que sai às ruas no sábado de carnaval, pelo centro da cidade e já entrou para o livro dos recordes, como o maior bloco de carnaval do mundo. Em Olinda, os bonecos gigantes desfilam pelas ladeiras da cidade Patrimônio da Humanidade.
Bonecos gigantes de Olinda - Pernambuco

Igreja Católica e Carnaval

O carnaval é celebrado 40 dias antes da Páscoa, desde o sécilo XI. Este período é chamado pela Igreja Católica de Quaresma, que preserva quarenta dias de jejum, com abstinência de carne. Este período é caracterizado por muitas privações e por incentivar aqueles festejos carnavalescos onde a própria palavra carnaval indica os prazeres da carne. O carnaval acontece geralmente durante três dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. A terça-feira de carnaval é chamada de Terça-feira gorda, ou "Mardi Gras" como dizem os franceses.



Carnaval em Veneza, Itália


Carnaval na Itália

O carnaval na cidade de Veneza é uma tradição desde o século XVII, e sua característica maior são as máscaras, porque os nobres gostavam da diversão e para não chamarem a atenção do povo se disfarçavam escondidos atrás das máscaras. Os trajes utilizados ainda são os mesmos daquele período, as mulheres com vestidos longos ricamente enfeitados e os homens de libré ou roupas de seda preta e chapéus de três pontas.




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Balde monstro