sexta-feira, 26 de agosto de 2011

The Impressionists Ep 1. Part 3. (sub.Port.)

The Impressionists Ep 1- Part 2. - (Subt. Port. )

The Impressionists - Ep 1- Part 1( sub Port.)

PAUL CÉZANNE

Camille Claudel

Genios de la pintura impresionista, postimpresionista y neoimpresionista.

Henry Matisse

Pablo Ruiz Picasso

Carybé

Frans Krajcberg: vida e obra

Candido Portinari

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DIA DO ENSINO MUNICIPAL * 26 de agosto

DIA DO ENSINO MUNICIPAL *

Comemorado anualmente no dia 26 de agosto, o “Dia do Ensino Municipal” constitui-se em uma justa homenagem a todos(as) os(as) educadores(as) que, com denodo, galhardia e arrojo, dedicaram-se e dedicam-se ao ensino em nossa cidade. Foi exatamente neste dia, em 1956, que ocorreu a nomeação da 1ª turma de professores do Ensino Municipal, alicerces da futura Rede Municipal de Ensino de São Paulo.
De lá para cá, outras turmas foram nomeadas e muita “água rolou sob a ponte”, ou melhor, muito suor foi derramado por todos aqueles que abraçaram a docência, que optaram pelo difícil trabalho-arte de educar.
Dizer para os educadores mais novos – ou, há poucos anos trabalhando na Rede Municipal de Ensino – que, “no princípio, a cidade era informe e vazia”, é muito pouco para traduzir a dura realidade vivida pelos(as) pioneiros(as) do Ensino Municipal. Naquele tempo, meados da década de 1950, sob o comando de JK, instalara-se em nosso país um cenário socioeconômico promissor e que estava a exigir a participação de atores letrados, para uma melhor performance nas cenas seguintes.
Como havia uma grande demanda reprimida de salas de aula, a ordem era “educar, ou educar” e com o que se tinha às mãos! Nossa cidade, respondendo à altura ao apelo do momento histórico, contou com a contribuição de seus(as) educadores(as) que, com toda a adversidade que soe acontecer em trabalhos pioneiros, ratificaram o dístico de nossa bandeira “Non ducor,duco” e o epíteto que mais tarde lhe caberia: “São Paulo: a cidade que mais cresce no mundo!”
Naqueles idos, para ser prontamente nomeado(a), bastava que o(a) professor(a), percorresse uma região com demanda escolar batendo de porta em porta, relacionasse nomes e datas de nascimento de 40 futuros alunos, arranjasse um espaço adequado, cedido ou alugado (uma sala, um galpão)  para finalidade docente e se apresentasse à Secretaria Municipal de Educação. Via de regra, esse espaço escolar era constituído de uma sala com um ampla porta de entrada, um ou dois banheiros e um pequeno espaço para recreação. A vistoria do prédio escolar, feita por funcionários da Prefeitura, também fazia parte deste processo.
Quando do início das turmas, as próprias professoras não somente se quotizavam para pagar o carreto que levaria o mobiliário escolar ao local onde seriam ministradas as aulas, como também acompanhavam o motorista nesta tarefa.
Muitas vezes, o aluguel do prédio era pago pelas professoras, nem sempre reembolsadas pela Prefeitura! Nos meses subsequentes, cada professora tinha a incumbência de se dirigir à Caixa Escolar para retirar a importância a ser paga ao seu respectivo locador!
A classe era multiseriada ...
A Prefeitura mandava o lanche que a professora preparava e distribuía aos alunos ...

A limpeza, inclusive dos banheiros, ficava por conta das professoras que, quando possível, contavam com o auxílio de mães de alunos.
Posteriormente, as salas assim constituídas foram substituídas por galpões de madeira de cor verde, aos quais continuaram anexadas as bombas d’água para bombear a água do poço, pois água encanada ainda era privilégio de poucos! Eram as professoras e professores quem ligavam a “bomba d’água”!
Se chegamos aonde chegamos, muito devemos aos que nos precederam.
Homenagem da APROFEM às professoras e professores pioneiros do Ensino Municipal.
*    26 de agosto: Dia do Ensino Municipal.
Lei nº 13.867, de 7 de julho de 2004,  que institui o “Dia do Ensino Municipal”, por força do Projeto de Lei nº 514/2003, de autoria do Vereador Toninho Paiva
Para ver a Lei na íntegra, acesse: www.camara.sp.gov.br

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ilusão de optica

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Op Art

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Anita Malfatti


Anita Catarina Malfatti (São Paulo, 2 de dezembro de 1889 — São Paulo, 6 de novembro de 1964) foi uma pintora, desenhista,gravadora e professora brasileira
.
Biografia

Filha do engenheiro italiano Samuel Malfatti e de mãe norte-americana Betty Krug, Anita Malfatti nasceu no ano de 1889, em São Paulo .
Segunda filha do casal nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais a Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da vida. Voltando ao Brasil, teve a sua disposição Miss Browne, uma governanta inglesa, que a ajudou no desenvolvimento do uso da mão esquerda e no aprendizado da arte e da escrita.

"A boba"

Iniciou seus estudos em 1897 no Colégio São José de freiras, situado à Rua da Glória. Aí foi alfabetizada. Posteriormente passa a estudar na Escola Americana e em seguida no Mackenzie onde, em 1906, recebe o diploma de normalista.

Surge a pintora

Nesse meio tempo faleceu Samuel Malfatti, esteio moral e financeiro da família. Sem recursos para o sustento dos filhos, D. Betty passa a dar aulas particulares de idiomas e também de desenho e pintura. Chegou a submeter-se à orientação do pintor Carlo de Servi para com mais segurança ensinar suas discípulas. Anita acompanhava as aulas e nelas tomava parte. Foi, portanto sua própria mãe quem lhe ensinou os rudimentos das artes plásticas.
"Eu tinha 13 anos, e sofria porque não sabia que rumo tomar na vida. Nada ainda me revelara o fundo da minha sensibilidade [...] Resolvi, então, me submeter a uma estranha experiência: sofrer a sensação absorvente da morte. Achava que uma forte emoção, que me aproximasse violentamente do perigo, me daria à decifração definitiva da minha personalidade. E veja o que fiz. Nossa casa ficava próxima da educada estação da Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente as minhas tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi à revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura.” Anita Malfatti.

Na Alemanha

Anita pretendia estudar em Paris, mas sem a ajuda do pai, parecia impossível, tendo em vista que sua avó vivia entrevada numa cama e sua mãe passava o dia dando aulas de pintura e de idiomas.
Anita tinha umas amigas, as irmãs Shalders, que iam viajar à Europa para estudar música. Assim surgiu a idéia de acompanhá-las à Alemanha e seu tio e padrinho, o engenheiro Jorge Krug, aceitou financiar a viagem. Anita e as Shalders chegaram em Berlim em 1910, ano marcante na história da Arte Moderna alemã.
"Os acontecimentos precipitavam-se tão depressa, que eu me lembro de ter vivido como dentro de um sonho. Nada do que acontecia se assemelhava com o que havia acontecido no Brasil."
"Comprei incontinente uma porção de tintas, e a festa começou" Anita Malfatti.
Berlim era então o grande centro musical da Europa. O grupo Die Brucke fazia diversas exposições expressionistas e foi na Alemanha que Anita travou contato com a vanguarda europeia. Acompanhando suas amigas às aulas no centro musical, acabou recebendo a sugestão para estudar no ateliê do artista Fritz Burger.


Fritz Burger era um retratista que dominava a técnica impressionista. Foi o primeiro mestre de Anita. Ao mesmo tempo, prestou os exames para ingressar na Real Academia de Belas Artes.
Durante as férias de verão, Anita e as amigas foram às montanhas de Harz, em Treseburg, região frequentada por pintores. Continuando sua viagem, visitou a 4° Sonderbund, uma exposição que aconteceu em Colônia na Alemanha, na qual conheceu trabalhos de Van Gogh.
Teve aulas também com Lovis Corinth nome bem mais conhecido do que seu primeiro mestre. Corinth, um tipo bem germânico, não tinha a menor paciência com seus alunos. Mas com Anita era diferente. Talvez porque se identificasse com ela. Alguns anos antes sofrera um AVC que, como sequela, tal como a aluna, lhe deixara alguma dificuldade motora.
"Dorso"
Anita estava cada vez mais interessada pela pintura expressionista, desejava aprender sua técnica. Em 1913, inicia aulas com o professor Ernest Bischoff Culm.
Com a instabilidade causada pela aproximação da guerra, Anita Malfatti resolve deixar Berlim.

Primeira exposição individual - 1914

"Voltando ao Brasil, só me perguntavam pela Mona Lisa, pela glória da Renascença, e eu… nada"
"Minha família e meus amigos, eram de opinião de que eu deveria continuar meus estudos de pintura. Achavam meus quadros muito crus, mas, felizmente, muito fortes, o que prometia para o futuro uma pintura suave, quando a técnica melhorasse" Anita Malfatti.
São Paulo, 1914, Anita tinha 24 anos e, com mais de 4 anos de estudo na Europa, finalmente voltava para o seio familiar. A cidade crescia, mas o ambiente artístico ainda era incipiente, o gosto predominante ainda era pela arte acadêmica. Ao mostrar suas obras - nada acadêmicas - Anita tentava explicar os avanços da arte na Europa, onde os jovens haviam levado às últimas conseqüências as conquistas vindas do impressionismo.
Anita ainda continuava firme no desejo de partir mais uma vez em viagem de estudos. Sem condições financeiras, tentou pleitear uma bolsa junto ao Pensionato Artístico do Estado de São Paulo. Por essa razão, montou no dia 23 de maio de 1914, uma exposição com obras de sua autoria, exposição essa que ficou aberta até meados de junho.
O senador José de Freitas Valle foi visitar essa exposição. Dependia dele a concessão da bolsa. Mas o influente político não gostou das obras de Anita, chegando a criticá-las publicamente. Entretanto, independentemente da opinião do senador, a bolsa não seria concedida. Notícias do iminente início da guerra na Europa, fizeram com que o Pensionato as cancelasse. Foi aí que, mais uma vez, financiada pelo tio, o engenheiro e arquiteto Jorge Krug, Anita embarca para os Estados Unidos.

Nos Estados Unidos


"Aí começa o período maravilhoso de minha vida. Entrei na Independente School of Art de Homer Boss, quase mais filósofo que professor.{…}O maior progresso que fiz na minha vida foi nesta ilha e nesta época de ambientes muito especiais. Eu vivia encantada com a vida e com a pintura."
" Era a poesia plástica da vida, era festa da forma e era a festa da cor" Anita Malfatti.
No início de 1915, Anita Malfatti já se encontrava em Nova York e matriculada na tradicional Art Student's League. Nessa escola, Anita ia de um professor a outro na tentativa de encontrar o caminho que sonhava para seus trabalhos. Após três meses de estudos, desistiu de qualquer curso de pintura ou desenho nessa escola, reservando-a apenas para os estudos de gravura. Trazendo em sua pintura a marcas do Expressionismo, dificilmente Anita conseguiria adaptar-se numa academia de ensino tradicional. Sobre sua experiência na instituição, escreveria de forma lacônica, mas muito claramente: "Fui aos Estados Unidos, entrei numa academia para continuar meus estudos, e que desilusão! O professor foi ficando com raiva de mim, e eu dele, até que um dia, a luz brilhou de novo. Uma colega me contou na surdina que havia um professor moderno, um grande filósofo, incompreendido e que deixava os alunos pintar à vontade. Na mesma tarde procuramos e professor, claro". O tal professor, era Homer Boss, artista hoje quase esquecido pelos estudiosos da arte norte-americana.
Nas férias de verão, Homer Boss levou os alunos para pintar na costa do Maine, na ilha de Monhegan. Esse Estado litorâneo mais ao nordeste, fronteira com o Canadá, tornara-se há muito o refúgio dos artistas. Foi nessa pitoresca ilha que a ainda não famosa aluna de Boss pintou a belíssima paisagem intitulada O farol, uma de suas obras primas. Passado o verão, Anita voltou à Independent School of Art. Em meados de 1916, preparava-se para voltar ao Brasil.

De volta ao Brasil

Em 1916, Anita se encontrava de novo em casa, no aconchego familiar… "Eram caixões de obras de arte, desenhos, gravuras e quadros de todos os tamanhos. Minha família e meus amigos estavam curiosos para ver meus trabalhos. Mas que efeito!"Anita Malfatti.
Nada daquilo que Anita trazia dos Estados Unidos, se assemelhava à " pintura suave", nada daquilo esperado e imaginado por seus amigos e parentes. Sua força masculina, que causara estranheza na sua primeira individual em 1914, atingira o ponto máximo de exagero. Anita inconscientemente, "rompera" com as regras da pintura acadêmica tão apreciada por seus parentes. A surpresa e a incompreensão foram inevitáveis. As obras que a pintora trouxe dos Estados Unidos, deixaram em sua família uma sensação tão grotesca, que o mal estar durou por anos. É fato que o assunto tornou-se "tabu" entre os membros da família e Anita diria depois laconicamente:"Quando viram minhas telas, todos acharam-nas feias, dantescas, e todos ficaram tristes, não eram os santinhos dos colégios. Guardei as telas."
Depois, seria mais específica, dizendo:"Ficaram desapontados e tristes. Meu tio, Dr. Jorge Krug, que tanto interesse teve na minha educação, ficou muito aborrecido. Disse ele:'Isto não é pintura, são coisas dantescas'" A expressão " coisas dantescas", ficaria para sempre gravada na mente e no coração de Anita. A incompreensão foi geral. Anita logo se deu conta do quanto suas telas, que traduziam sua alma, estavam distantes das do ambiente acadêmico que a rodeava. No mesmo depoimento de 1951, a pintora lembraria:"Então, pela primeira vez em minha vida, comecei a entristecer-me pois estava certa de que meu trabalho era bom; tanto os modernos franceses como os americanos haviam dito espontaneamente, desinteressadamente. Só desejei esconder meus quadros, já que, para me consolar, ou outros acharam que eu podia pintar como quisesse. Eles estavam desconsolados, porque me queriam bem. Entretanto eu sabia que aquela crítica não tinha fundamento, especialmente porque estava dentro de um regime completamente emocional. Eu nunca havia imitado a ninguém; só esperava com alegria que surgisse, dentro da forma e da cor aparente a mudança; eu pintava num diapasão diferente e era essa música da cor que me confortava e enriquecia minha vida." Anita Malfatti.

Segunda exposição individual - 1917


Em 1917 Anita resolveu promover sua segunda exposição individual.
"A exposição da senhorita Malfatti, toda ela de pintura moderna, apresenta um aspecto original e bizarro, desde a disposição dos quadros aos motivos tratados em cada um deles. De uma rápida visita ao catálogo, o visitante há de inteirar-se logo do artista que vai observar. Tropical e Sinfonia colorida, são nomes que qualquer pintor daria até a uma paisagem, menos a uma figura, como tão bem fez a visão impressionista de sua autora. Essencialmente moderna, a arte da senhorita Malfatti, se distancia consideravelmente dos métodos clássicos. A figura ressalta, do fundo do quadro, como se nos apresentasse, em cada traço, quase violento, uma aresta do caráter do retratado. A paisagem é larga, iluminada, quase sempre tocada de uma luz crua, meridiana, que põe em relevo as paredes alvas, num embaralhamento de vilas sertanejas, onde a minudência se afasta para a mais forte impressão do conjunto."
Os acontecimentos a partir da primeira semana se deram de forma tão rápida e surpreendente, que Anita só se atreveria a narrá-los 34 anos depois:"A princípio foram os meus quadros muito bem aceitos, e vendi, nos primeiros dias, oito quadros. Em geral depois da primeira surpresa, acharam minha pintura perfeitamente normal. Qual não foi a minha surpresa quando apareceu o artigo crítico de Monteiro Lobato."Anita Malfatti.
"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em conseqüência disso fazem arte pura… Se Anita retrata uma senhora com cabelos geometricamente verdes e amarelos, ela se deixou influenciar pela extravagância de Picasso e companhia - a tal chamada arte moderna..". Monteiro Lobato.
Após o artigo de Lobato, publicado em S.Paulo edição da tarde, em 20 de dezembro de 1917, com o título de A propósito da exposição Malfatti, as telas vendidas foram devolvidas, algumas quase foram destruídas a bengaladas; o artigo gerou uma verdadeira catilinária em artigos de jornais, contra Anita. A primeira voz que se levantou em defesa da pintora, ainda que timidamente, foi a de Oswald de Andrade. Num artigo de jornal, ele elogiou o talento de Anita e parabenizou pelo simples fato dela não ter feito cópias. Pouco depois, jovens artistas e escritores, começando a entender aquele jeito de pintar e possuídos pelo desejo de mudança que as obras de Anita suscitaram, uniram-se a ela, como: Mário e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida.



Anita inicia estudos com o pintor acadêmico Pedro Alexandrino no ano de 1919, e também com o alemão George Fischer Elpons um pouco mais avançado do que o velho mestre das naturezas mortas. Foi nessa ocasião que conheceu Tarsila do Amaral que tinha aulas com os mesmos professores. Depois do pai, o tio Jorge Krug, que a havia ajudado tanto, também faleceu e Anita precisou buscar caminhos para vender suas obras. Pedro Alexandrino já era um pintor de renome e vendia com muita facilidade seus trabalhos. Anita busca essa aproximação sendo sua aluna, embora muitas interpretações apontem para a versão de que ela o procurou para reestruturar sua pintura. Seus biógrafos acreditam que o artigo de Monteiro Lobato foi agressivo e até maldoso e que deixou marcas profundas na vida e na obra da artista. Mas, essa versão é contestada por alguns poucos, pois ao ler na íntegra a crítica de Monteiro Lobato, verificamos que o título original nunca foi "Paranóia ou Mistificação" e sim, "A propósito da exposição Malfatti", e em muitos trechos Anita é elogiada pelo crítico. Mas o certo é que Anita ficou arrasada com a crítica de Monteiro Lobato. Ficou magoada pelo resto da vida, mas não o suficiente para destruir sua força de mulher destemida e ousada. Apesar da mágoa, Anita ilustrou livros de Monteiro Lobato e na década de 40 participou de um programa na Rádio Cultura chamado "Desafiando os Catedráticos", juntamente com Menotti Del Picchia e Monteiro Lobato. Os ouvintes telefonavam fazendo perguntas para que o trio respondesse.

A Semana de Arte Moderna de 1922

Após a enorme confusão causada por Monteiro Lobato, a vida de Anita Malfatti começou a ter certa normalidade. O tempo que se seguiu após a exposição, foi de assimilação do novo, da percepção daquilo que até então não fora nem sonhado.
"Parece absurdo, mas aqueles quadros foram à revelação. E ilhados na enchente que tomara conta da cidade, nós, três ou quatro, delirávamos de êxtase diante de obras que se chamavam O homem amarelo, A mulher de cabelos verdes."
"Assisti bem de perto essa luta sagrada e palavra que considero a vida artística de Anita Malfatti um desses dramas pesados que o isolamento dos indivíduos apagasse para sempre feito segredo mortal. O povo passa, povo olha o quadro e tudo neste mostra vontade e calmas bem definidas. O povo segue seu caminho depois de ter aplaudido a obra boa sem saber que poder de miserinhas cotidianas maiores que o Pão de Açúcar aquela artista bebeu diariamente com o café da manhã" Mário de Andrade.
Após o período de recesso, a Semana de Arte Moderna, mais uma vez, movimentou a vida artística insípida de São Paulo. Anita participou dela com 22 trabalhos.
"Recordo-me que no dia da inauguração, o velho conselheiro Antônio Prado, com grande espanto da comitiva, quis comprar meu quadro O homem amarelo, porém, Mário de Andrade acabava de adquiri-lo. A plantinha havia vingado”.
“Foi à noitada das surpresas. O povo estava muito inquieto, mas não houve vaias. O teatro completamente cheio. Os ânimos estavam fermentando; o ambiente eletrizante, pois que não sabiam como nos enfrentar. Era o prenúncio da tempestade que arrebentaria na segunda noitada”.
Anita estava feliz entre o círculo modernista, uma vez que ele vinha ao encontro de suas aspirações artísticas, entraria também para o comentado grupo dos cinco.

A Europa nos loucos anos 20




" Mário de Andrade lia uma conferência. Ao terminar a leitura, o Dr. Freitas Valle num grande gesto levantou-se de seu trono e encaminhou-se para mim, o que me assustou de tal maneira que perdi o controle…Ele realmente chegou-se para junto de mim e disse mesmo de verdade que eu poderia embarcar para a Europa em viagem de estudos…- qualquer coisa me aconteceu, não sei se voei pelo telhado ou se afundei no chão…então surgiu uma dama, eu não a conhecia, que me reconfortou e rindo-se muito da minha confusão, afirmava ser aquilo verdade… Era Dona Olívia…" Dessa forma, Anita embarcava mais uma vez, em viagem de estudos para a Europa, ou melhor dizendo, para Paris. Seriam cinco anos de estudos pela bolsa do Pensionato. Este seria o último e o mais longo período de Anita fora do Brasil. Anita embarcou em agosto de 1923, pelo vapor Mosella, rumo à França. Aquela jovem baixa, com o lenço displicentemente esquecido sobre a mão direita, tinha então 33 anos. Mário de Andrade que não conseguiu chegar a tempo da partida de Anita, enviara-lhe o seguinte telegrama:
" Querida amiga choro de raiva automóvel maldito escrevo hoje contando minha saudade e desespero perdoa mil beijos nas tuas mãos divinas boa viagem felicidades. Mário. São Paulo-21-8-1923.".A guerra que perdurara por anos, pôs um ponto final aos hábitos e costumes da belle époque. Foi fatal também para o academismo. Agora seus antigos espaços eram ocupados pela arte moderna, que com grande vitória e sucesso se espalhara por todos os cantos e continuava em expansão acelerada nos salões, galerias e coleções. Há muito tempo, Paris atraia os artistas brasileiros - que eram e continuavam acadêmicos - agora, nesse 1923, os modernismo brasileiro estava em Paris, atualizando-se.
E Anita estava lá, na tentativa incansável de encontrar-se. Apesar das muitas dúvidas que ainda tinha em relação a que caminho seguir na sua arte, Anita não deixou de trabalhar, de produzir. Logo no início do estágio francês, Anita parece ter se “aconselhada" com o pintor Maurice Denis, possivelmente atraída pelos aspectos da pintura religiosa. Nesse último estágio, uma das características mais fortes de Anita, era a busca por uma postura menos polêmica, em comparação com a época norte-americana. A impressão que se tem, é de que ela procurava por uma espécie de classicismo moderno. Na Escola de Paris, no pós-guerra, muitos pintores das mais diversas origens, passavam pela experiência da releitura da arte de séculos passados, como Picasso, por exemplo. Nessa fase, que se pode dizer, "um aprender de novo", Anita testou várias possibilidades, e freqüentemente produzia obras interessantes. Estudou muito, aprendeu muito, mas perdeu um pouco, um pouco da sua audácia, com aquela urgência constante de “se contar” á tela, agora se continha, obedecendo às ordens formais da pintura. “Nesses cinco anos, a crítica francesa notaria o trabalho da pioneira, algumas telas como Interior de Mônaco”, A dama de azul, Interior de igreja e A mulher do Pará, seriam as obras mais destacadas pela crítica internacional nesses anos de estudo e apresentação. A crítica francesa seria unânime também nos elogios feitos aos desenhos: "Seja: mas os desenhos? Sua personalidade única torna impossível toda tentativa de apadrinhamento, mesmo suntuoso. [...] Quanto aos desenhos de nus, de uma fatura tão pessoal, tão nítida, poucos artistas de escola moderna podem apresentá-los tão notáveis. A crítica foi unânime a este respeito".
As telas interiores-exteriores, ocupados por uma figura feminina, e as exteriores-interiores, também com figuras femininas, seriam a produção mais válida e permanente da Anita do estágio francês, com suas " mulheres" solitárias, reclinadas ao balcão. Assim, Anita Malfatti entremostrava sua solidão.

A lição da Borboleta







Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo. Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vidas.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar...







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Balde monstro