quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DIA DO ENSINO MUNICIPAL * 26 de agosto

DIA DO ENSINO MUNICIPAL *

Comemorado anualmente no dia 26 de agosto, o “Dia do Ensino Municipal” constitui-se em uma justa homenagem a todos(as) os(as) educadores(as) que, com denodo, galhardia e arrojo, dedicaram-se e dedicam-se ao ensino em nossa cidade. Foi exatamente neste dia, em 1956, que ocorreu a nomeação da 1ª turma de professores do Ensino Municipal, alicerces da futura Rede Municipal de Ensino de São Paulo.
De lá para cá, outras turmas foram nomeadas e muita “água rolou sob a ponte”, ou melhor, muito suor foi derramado por todos aqueles que abraçaram a docência, que optaram pelo difícil trabalho-arte de educar.
Dizer para os educadores mais novos – ou, há poucos anos trabalhando na Rede Municipal de Ensino – que, “no princípio, a cidade era informe e vazia”, é muito pouco para traduzir a dura realidade vivida pelos(as) pioneiros(as) do Ensino Municipal. Naquele tempo, meados da década de 1950, sob o comando de JK, instalara-se em nosso país um cenário socioeconômico promissor e que estava a exigir a participação de atores letrados, para uma melhor performance nas cenas seguintes.
Como havia uma grande demanda reprimida de salas de aula, a ordem era “educar, ou educar” e com o que se tinha às mãos! Nossa cidade, respondendo à altura ao apelo do momento histórico, contou com a contribuição de seus(as) educadores(as) que, com toda a adversidade que soe acontecer em trabalhos pioneiros, ratificaram o dístico de nossa bandeira “Non ducor,duco” e o epíteto que mais tarde lhe caberia: “São Paulo: a cidade que mais cresce no mundo!”
Naqueles idos, para ser prontamente nomeado(a), bastava que o(a) professor(a), percorresse uma região com demanda escolar batendo de porta em porta, relacionasse nomes e datas de nascimento de 40 futuros alunos, arranjasse um espaço adequado, cedido ou alugado (uma sala, um galpão)  para finalidade docente e se apresentasse à Secretaria Municipal de Educação. Via de regra, esse espaço escolar era constituído de uma sala com um ampla porta de entrada, um ou dois banheiros e um pequeno espaço para recreação. A vistoria do prédio escolar, feita por funcionários da Prefeitura, também fazia parte deste processo.
Quando do início das turmas, as próprias professoras não somente se quotizavam para pagar o carreto que levaria o mobiliário escolar ao local onde seriam ministradas as aulas, como também acompanhavam o motorista nesta tarefa.
Muitas vezes, o aluguel do prédio era pago pelas professoras, nem sempre reembolsadas pela Prefeitura! Nos meses subsequentes, cada professora tinha a incumbência de se dirigir à Caixa Escolar para retirar a importância a ser paga ao seu respectivo locador!
A classe era multiseriada ...
A Prefeitura mandava o lanche que a professora preparava e distribuía aos alunos ...

A limpeza, inclusive dos banheiros, ficava por conta das professoras que, quando possível, contavam com o auxílio de mães de alunos.
Posteriormente, as salas assim constituídas foram substituídas por galpões de madeira de cor verde, aos quais continuaram anexadas as bombas d’água para bombear a água do poço, pois água encanada ainda era privilégio de poucos! Eram as professoras e professores quem ligavam a “bomba d’água”!
Se chegamos aonde chegamos, muito devemos aos que nos precederam.
Homenagem da APROFEM às professoras e professores pioneiros do Ensino Municipal.
*    26 de agosto: Dia do Ensino Municipal.
Lei nº 13.867, de 7 de julho de 2004,  que institui o “Dia do Ensino Municipal”, por força do Projeto de Lei nº 514/2003, de autoria do Vereador Toninho Paiva
Para ver a Lei na íntegra, acesse: www.camara.sp.gov.br

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