Salão apresenta 60 artistas convidados de todas as regiões do Brasil.
Exposição segue aberta até 30 de novembro no museu da Casa das Onze Janelas.
Arte
Pará 2017 tem amostra de 60 artista convidados (Foto: Larissa Noguchi/TV
Liberal)
A 36ª
edição do Arte Pará foi aberta oficialmente na noite desta quinta-feira (5), no
Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém. O salão apresenta obras de
cerca de 60 artistas convidados. A exposição segue aberta para visitação até o
dia 30 de novembro.
O evento é realizado pela Fundação Romulo Maiorana,
instituição privada e sem fins lucrativos, integrante das Organizações Romulo
Maiorana (ORM). A iniciativa reúne o campo das artes visuais, em qualquer
categoria de produção artística.
Para o curador geral, Paulo Herkenhoff, o Arte Pará
todos os anos se transforma. A mostra nunca foi reduzida a um modelo, mas
sempre buscou estar mais próxima aos artistas, criar formas de estímulos,
contatos com críticas fora do Brasil e trazer artistas de vários lugares do
Brasul para Belém.
"Neste Arte Pará decididamente é um momento de
apoio à arte e aos artistas. É uma decisão muito clara que nesse tempo de
crise, temos que estar com os artistas, já diria Mauro Pedroza. Por outro lado,
esta edição celebra a consolidação da Casa das Onze Janelas. Sabemos que houve
crise e agora é tempo de construir o futuro", avalia.
Paulo explica que a exposição deste ano pensa na
história da arte e pensa no presente também, além de o Arte Pará celebrar o
artista paraense e convocar artistas de outras regiões que tenham preocupações
pertinentes à história da Amazônia ou ao presente, de uma forma crítica.
"Sempre me comovi muito com a amorosidade do Pará.
Essa amorosidade é vasta, profunda e se desdobra. Mas existe um Pará cuja
amorosidade é até violenta, porque expõe a violência sofrida pela população. Ao
fazer uma obra violenta, os artistas violenta a violência, isso é
fundamental", argumenta o curador.
O curador reforça que esta edição tem agenda rica,
mostra um Pará amoroso na resistência, que violenta a violência com os pobres,
ao mesmo tempo, evidencia uma leitura histórica muito cuidadosa.
A curadoria da amostra está na responsabilidade de Vânia Leal, que apresenta em
seu núcleo já tem seu núcleo curatorial o debate sobre a história da arte
contemporânea, mulheres artistas na Amazônia, trajetórias e movimentos sociais.
Nessa jornada com Vânia estão mulheres artistas
paraenses, são elas Paula Sampaio, Walda Marques, Roberta Carvalho, Nina Matos,
Berna Reale, Danielle Fonseca, Drika Chagas, Keyla Sobral, Tamara Saré e Elaine
Arruda.
Núcleo de curadoria de Vânia
Leal apresenta as "Manas", Mulher, Arte, Narrativas e Ativismo.
(Foto: Larissa Noguchi/TV Liberal)
A curadora diz que a
ideia do tema do seu núcleo surgiu depois da participação de um movimento
denominado "Manas" (Mulher, Arte, Narrativas e Ativismo).
“O Arte Pará sempre causa expectativas. A força do salão move pessoas
em uma amplitude significativa através da legitimação de artistas, educadores,
curadores e todos que participam do evento”, explica Vânia.
A diretora executiva da Fundação Rômulo Maiorana e coordenadora geral
da mostra, Roberta Maiorana, afirma que essa edição tem um propósito maior:
alcançar um público fora da rota comum. A proposta é ampliar e buscar público
diverso que ainda não frequentou uma exposição. Promover a acessibilidade em
larga escala. Ela diz ainda que o Arte Pará o resultado de todo um trabalho
sincronizado e programado da equipe.
"Espero que mesmo com todas as dificuldades que estamos vivendo no
âmbito da arte e cultura, consigamos surpreender o público nesta 36ª edição.
Desejo que cada vez mais o projeto se torne não só de arte, mas principalmente
de educação", reforça Roberta.
Serviço
A exposição segue até 30 de novembro no museu Casa das
Onze Janelas. Mais informações sobre o salão estão disponíveis no site da Fundação Rômulo Maiorana.
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