1. Toda criança, sem distinção de raça, língua ou religião, goza de pleno direito de conhecer as fábulas, mitos e lendas da tradição oral de seu país, dos países irmãos ou do resto do mundo.
2. Toda criança tem o direito de inventar e contar seus próprios contos, assim como o de modificar os já existentes. Criando e recriando suas próprias versões.
3. Toda criança tem o direito de escutar contos, sentada no colo dos avós. As que tenham os avós vivos poderão cedê-los às crianças que não tenham avós que lhes contem contos.
4. Toda criança tem o direito de manifestar abertamente sua alegria e carinho para com aquele adulto contador de contos que faça vibrar sua imaginação, permitindo-lhe que habite o maravilhoso mundo da literatura.
5. Toda criança tem o direito de exigir novos contos e os adultos têm o dever de se nutrir sempre de imaginativos contos, próprios ou alheios, longos ou curtos, com ou sem: reis, lagartos, castelos, fadas ou dragões. O único imperativo é que sejam bonitos e interessantes.
6. Toda criança tem o direito de adormecer enquanto lhe contam um conto.
7. Toda criança tem o direito de pedir outro e mais outro conto e de pedir que lhe contem um milhão de vezes o mesmo conto.
8. Toda criança tem o direito de crescer acompanhada de um mágico: "era uma vez..." que lhe abre a porta da imaginação em direção aos sonhos mais belos da infância.
(Texto ficcional extraído de O Direito a Verdade - Cartas para uma criança - Dr. Leonardo Posternak, Ed. globo)
Viveríamos num mundo mais pacífico e integrado se os direitos humanos fossem, de fato, respeitados. Em especial, se assim o fossem os direitos da criança...
Fabio Lisboa
www.contarhistorias.com.br
Saiba mais sobre o livro e sobre os direitos da criança:
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Foto: Crianças ouvem histórias contadas por Fabio Lisboa na Biblioteca de São Paulo – Fotógrafo: Newton Santos.
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